segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Um lugar chamado Notting Hill


Mas cê jura a originalidade desse título?



Gente, tamo do lado de Notting Hill, obviamente fomos pra Notting Hill procurar o Hugh Grant. Diferentchymentchy de Dublin, a cidade já parecia uma coisa mais moderna, mesmo ali onde as casinhas têm cara de filme. Tudo muito bonito, tudo muito colorido, a gente muito tentando achar os lugares onde as cenas aconteceram e fim. Acho que Notting Hill is overrated se você pensar em termos de todo dia, mas MEO, você está na Europa, em Londres, HAHAHAH. Sensacional. É a hora que cai a ficha que você é a pessoa mais legal e sortuda e incrível do universo.





A essa altura, já tinha andado de ônibus vermelho de dois andares, achando tudo muito incrível. Mesma linha de raciocínio dos ônibus curitibanos, que dizem onde estamos, pra onde vamos e qual o sentido da vida, mas oitenta mil vezes mais lindos e sensacionais e vazios.

Como eu dei muita sorte geograficamente, de lá a gente foi andando até um lugar mais central e movimentado atrás de comida. Eu não fazia uma refeição fazia aproximadamente umas 10 horas e não estava com fome por alguma obra mágica de maravilhas no meu cérebro. Mas foi entrar no restaurante português de sanduiches e querer comer o menu.

Nessa hora me dei conta que ia morrer, porque tudo.é.apimentado.na.europa. incrusível meu sanduíche SEM PIMENTA hahhaha. Eu tava tão faminta que ainda pedi um purê de batata doce (que eu odeio) e estava magicamente delishus, de modo que fiquei feliz.







Seguimos alegres e à pé para Picadilly. Já era tarde, mas parecia meio dia. Um bilhão de pessoas na rua, lojas abertas, barulho, muvuca, amor. Que lugar lindo. Como se trata da vovó da Times Square, você muito se sente num filme nessa hora pobre deslumbrada. Passeio maneiro nesse lugar: a loja gigante de M&Ms. HHAHAHAHAHA. Tinha pessoas fantasiadas lá dentro, provavelmente com nenhuma relação com a loja, deixando tudo ainda mais surreal.



Já era tarde da noite, o movimento continuava e a gente continuava passeando a pé, agora na direção da Trafalgar Square. Onde descobri a “““““inspiração””””” da UFPR (mais pra cópia mesmo, né? Quem estamos querendo enganar). Minha velhice me impediu de subir no leão pra tirar foto, mas vamos insistir na história de que foi minha dignidade.



Continuamos andando mais um pouquinho e Winspirro fez o palhaço quando disse “olha ali pra frente”, só pra me ver ter um chilique triplo ao botar o zóio no Big Ben iluminado pelas luzes da noitche. Só não chorei pra ele não rir mais hahaha.



O bom em ser completamente estúpida em geografia é evitar o relato dos lugares por onde passei até lá (vai que eu digo que foi o parlamento e tô enganada e nego vai achar que nem em Londres eu tava?) AND a emoção de não ter a mais vaga ideia de que do Big Ben eu choraria pra dentro de novo ao ver a London Eye. Tudo com as luzinhas coloridas da madrugada gelada de verón europeia.





Debaixo da London Eye, tinha um mini parque de diversão, que de noite virava um trem meio burlesco, meio cabaré, meio nada, porque metade só tem duas. E tinha mais luzinhas e gentes bonitas e águas de graça (01 alegria foi descobrir que a água é totalmente free e de graça na Europa, se você disser com o sotaque certo, woootshaaah, senão eles fingem que não te entenderam e você morre de sede). Prometi pro Winspirro com dor no coração que iria ao chapéu mexicano de 1km de altura, descrito apenas como terrifyingly high-spinning swing ride, em troca de ele ir comigo na boring London Eye.



Voltamos andando pela Albert Bridge até um ônibus que me levasse de volta ao hotel, porque já era assim apenas duas da madrugs e no dia seguinte a gente ia cedo pra fila dos programas de turista kkk.

*****

Não sei se foi a completa solidão, a constatação magya de ter passado dias lindos em Dublin e estar só no começo dos meus dias na Inglaterra (e ainda ter Gales pela frente), mas eu sentei na beira da cama e... não chorei mais pela mala perdida. Liguei pra casa (01 amor: fuso-horário), conversei com todos com muita alegria, tomei um banho de uma hora (única vez na vida, juro. Sou contra desperdício e vocês não têm nada a ver com isso), sequei meus lindos cabelos que adoraram o clima e ficaram naturalmente lindos (eu não tinha escova, apenas taquei ar quente neles e eles não ficaram parecendo um ouriço), usei meu hidratante de RHYCA La Roche, fiz mil curativos nos meus pezinhos, separei a roupa pro dia seguinte e dormi cos anjinhos.

sendo linda só que não

Acordei com o despertador que marcava 3:30h, porque o celular enlouqueceu e não saía do fuso do Brasil ahhahahaha, mas saltitante. Me arrumei bem linda (not possible), e fui tomar café da manhã. Só aí me dei conta que 98% dos funcionários do hotel vinham a ser indianos e meu filme tava mais pra quem quer ser um milionário que pra simplesmente amor. O *chef* era um baita dum negão gigante, que ficou muito decepcionado quando eu escolhi o “café da manhã continental” (que pra gente é só o normal mesmo) e dispensei feijão doce, linguiça, torrada, omelete, manteiga e chega porque meu estômago já embrulhou. Todo meu amor por ele, por dizer “tá magrinha, eu encho seu prato!” UM BEIJO, MOÇO COZINHEIRO! TE AMO! Mas comi mesmo foi croissant com geleia e suco de maçã. Muita alegria.

Os passeio tudo (ou uma parte, ainda não sei como dividir a maluquice dos dias seguintes) depois do break.