terça-feira, 1 de outubro de 2013

paulista, tipo a avenida

Ou a pizza.

Eu não sei como tá o nível de stalkeação do público desse blog, então, sei lá, vou começar do começo. Eu sou paulista. Grandes merda, eu sei, mas é uma coisa de identificação, sabe? É importante saber de onde viemos, pra onde vamos. Minha certidão de nascimento diz que não sou paulistana, mas é um pequeno detalhe. Babãe morava em São Paulo, fui feita em São Paulo (risossss), cheguei em São Paulo com umas 70 horas de vida. Mas dei azar de nascer numa tribo onde meus pais resolveram se enfiar bem na hora do parto.

Se você perguntar, vou responder nasci em São Paulo.

E cresci nessa belíssima cidade. Às vezes eu brinco que é equivalente a ser uma criança norte americana, num universo menor: a gente crescia sem saber o que acontece no resto do país e sem estar muito interessado também. Do tipo que perguntava se tinha eletricidade no interior ou se as pessoas andavam de carroça. Ou eu tava no meio de muita gente ignorante, vai saber hahahaha. 

Só sei que quando fui eu a pobrezinha a se mudar da capitar pro interior, virei eu também alvo da idiotice paulistana. TENHO CARTAS pra provar que meus amigos se preocupavam com a manutenção do meu estoque de chocookies e com jacarés na minha janela. Mas é verdadeiro o choque de sair de um lugar onde você vai ao supermercado de madrugada pra outro onde não só o estabelecimento fecha pro almoço, como não abre nos fins de semana ou depois das seis da tarde HAHAHAHAHAHAHAHAHHAHAH. Quantas semanas vivemos de pão e queijo graças às padarias que funcionavam num horário mais ~amplo~? Quantas vezes tive que dizer pro filho do padeiro que NÃO, eu não estava interessada nele, que dizer "ai meu deus perdemo a hora do supermercado de novo" não era cantada, era apenas a realidade? Jamais saberemos.

*****

Nunca desapeguei de São Paulo.

Hoje em dia ninguém me julga uma paulistana de respeito, mas é porque a gente tem que se adaptar. Não dá pra passar o resto da vida chorando por um lugar onde você não mora mais. Todos sabe (?) que eu já voltei a morar em capital (oremos, nada contra interior, desde que eu não tenha que morar lá), mas Curitiba não é assiiiiiiiim aquela brastemp das capitais, né? Um lugar onde supermercado 24 horas não vinga em plenos anos dorrmil me deprime um pouco. Um lugar onde você é OBRIGADO a almoçar entre 11:30 e 14:30 inclusive no domingo, inclusive em churrascaria (ewww) perde um pouco do meu respeito. Um lugar onde as pessoas acham ok darem seta na curva e trocarem de via sem avisar o amiguinho de trás me faz querer mandar cercar e prender todo mundo aqui dentro, enquanto eu saio numa rarlei deivison e taco um isqueiro pra trás, rindo benloca e vendo as chama subino tudo. 

Eu.não.sei.por.que.eu.moro.aqui.

Porque é uma cidade pequena e predominantemente fria, provavelmente. Moro porque quero e não gosto se não quiser também.

A vegetação vive tentando me matar, as pessoas não vão com a minha cara, quando alguém me pergunta "o que tem pra fazer de bom aí?" normalmente a resposta é NADA, mas sei lá. As árvores são coloridas e raramente faz sol. Tá bom pra mim, por enquanto.

Massssss, como é impossível ficar aqui 12 meses no ano e manter a pouca sanidade mental que habita minha mente, eu faço o que posso pra sumir daqui nas férias.

Nem sempre dá pra ir pra Europa, né, meu bem? Então a gente faz o que pode e vai pelo menos matar saudade da caminha e do laguinho com patinhos do lugar onde cresceu.


*****

São Paulo meet and greet tour 2013 part I

Além de estar geográfica e emocionalmente o mais distante possível de Curitiba (essa cidade esgota o cerumano), eu tinha alguns outros objetivos:

- passar um tempinho com meu querido papai;
- ver o máximo de pessoas possível;
- ir ao máximo de lugares que conseguisse (num quer mais nada);
- encontrar o amor.

(Não que a parte riscada signifique um check.)

Vou dizer pra vocês que estou decepcionadíssima por não ter conseguido DE NOVO ir ao parque Burle Marx. Da próxima vez, só me comprometo a socializar se alguma alma boa prometer ir lá comigo. Pode ser até à pé, as pessoas acham que meu problema é o meio de transporte, mas não é, eu só.quero.ir.nesse.bendito.parque. Depois que alguém me mostrar o caminho uma vez, eu vou sozinha nas outras. 

Mas tudo bem, tão tudo perdoado porque me levaram em outros lugares um milhão de vezes mais legais (eu acho, né?) pra compensar.

~um parêntese pra sofrer sobre o fato de estar fazendo um resumón dessas férias antes do último capítulo das anteriores. HEH~

Acontece que no dia do meu próprio aniversário, por motivos de a festa ser quatro dias depois, TODOS.ME.ABANDONA.

Um não quis almoçar comigo (essa tá na tua conta, tangerino), outro ignorou minha mensagem singela no uazap, outra esqueceu que ia no parque comigo, e assim foi, em série. Gente, que sacanagi. De modos que eu passei o dia bem feliz não comprando nada no shopping (sério, primeira vez na vida que pisei no Morumbi e não saí com nem.uma.sacolinha.). Deve ser o bem sucedido detox Amora Campana que estou fazendo, já que Bento não vai querer ser visto comigo em público se eu continuar nessa vibe consumo feat. auto exposição (vão dando adeus a este blog e aos meus 349857 pares de all star).

q

Aí no dia seguinte eu fui brincar de turista pelo centro de SP. Nenhuma grande novidade, já que é o passeio obrigatório. Museu da Língua Portuguesa sem exposição itinerante, eu vou do memo jeito, mas acaba sendo mais rápido. E desta vez eu não fui sozinha, fui acompanhada passar medo. Não tô nem falando de almoços duvidosos na galeria pajé.


num é bonita a cidade vista de cima?

Cêis não pode imaginar a dificuldade que foi manter a mão firme pra tirar essa belíssima foto nessa altura, com esse céu de filme de bruxa (que eu acho particularmente lindo). Eu sabia que tinha uma razão pra minha família nunca ter me levado no topo do Banespa, sabe? Não sei porque não ouvi a voz do meu coração /exagerada.


 galeria pajé colorindo a cidade kkk


vista da pessoa que estava pregada na parede tipo laRgatixa

Eu tenho assim um pavorzinho de altura, mas eu gosto de me fazer sofrer, então se no ano passado fui no chapéu mexicano de Londres, neste fui no topo dum prédio que nem vem a ser mais tão alto assim. Só que... cê já foi lá, caro amigo? Tem um espacinho minúsculo entre a parede e um parapeito que é baixo demaaaaaaais. Eu tava colada na parede no momento dessas fotos e ó minha visão. Tinha dois bombeiros muito preocupadíssimos com a minha inaptidão pro passeio, que dura infinitos CINCO MINUTOS, juro, não tô inventando. Cinco minutos pra ficar sofrendo nas alturas, depois te enxotam escadinha abaixo, pronto, cabô.

Ainda tem uma tia que aponta um prédio rosa e diz "é mais baixo, mas dá pra ficar uma hora lá em cima" HAHAHHAHAHAHHA.


esse prédio aí nas esquerda é rosa, tá vendo?

Não fomos ao prédio rosa porque FOME e já vou fazer um spoiler aqui de que essa coisa de ter que ficar se alimentando ao longo do dia dá uma quebrada no movimento das férias, viu? Muitos passeios desestabilizados por necessidade de comer.

Depois foi o dia do ♥♥♥ show ♥♥♥. Eu sei que as xarope tudo tavam lá pra ver John Mayer. Eu sei. Eu não ligo. Eu gosto dele, ok? Eu só gosto MAIS do Phillip Phillips. Eu comecei 25 frases seguidas com a palavra eu, é caso pra psicólogo?

Então eu passei o dia na faxina, tomei banho, fiquei linda (cof) e só me atrasei porque precisei almoçar. Mas ok, cinco horas abririam os portões, cinco e dez tava eu lá naquele fim de mundo que vem a ser a localização da Arena Anhembi. A menina que foi de Cotia saiu de casa mais tarde que eu.

Bom, eu não tinha a menor pretensão de ver o show de perto. Sou daquelas retardatárias que não conseguem pegar o ingresso vip (nunca mais vou num show se não adquirir o vip), e lá no povão, né? Trintecinco mil pessoas, num ia ver nem a lembrança do palco. Só que eu cheguei, entrei na fila, achei que tava longe e me enganei. Eu tava no começo da fila. Tão no começo que o fã clube tava distribuindo bexigas pra gente jogar quando os fio entrassem no palco e tal. 

Entrei na arena e fiz o que qualquer pessoa sensata faria: fui ao banheiro e comprei água. Enquanto crianças corriam loucamente pra grade, eu andava despreocupadamente pelo local. Fui tentar encontrar uma pessoa que me disse que ficaria perto da área pra necessidades especiais e fui andando naquela direção até que, OMG, a grade. Estava eu na cara da grade, sem correr, sem sofrer. hahahahahahahah MIDESGUPI sociedade.

Obviamente isso faz com que você seja apertada de tudo quanto é lado quando as pessoas começam a chegar, de modos que eu acabei sendo sugada por um bolo muito educado de gentes gigantes e perdi toda minha visão do palco. O problema: a área vip tinha 400km de extensão, de Curitiba eu teria estado à mesma distância do palco que na grade da área do povão. FUÉÉEÉÉN.

Mas tava tudo bem, tudo lindo, só que eram 18h e o show ia começar 20:45 HAHAHAHAH. PÁÁÁÁ na cara do pobre sofredor que pagou apenas 300 reais pra ver ali do meio do povão. Sério, gente? Como é sofrido pertencer à classe média.

Aí todas as condições climáticas aconteceram, vi fias dizendo que estavam descabeladas ao fim do show porque choveu, MAS QUE MENTIRA, choveu coisa nenhuma. Deu uma garoinha sem vergonha, apenas.

Pontualmente às 20:45, Phillip começou a tocar :~~~~~~~~~~~~~~

O que se seguiu foi um horror. Eu via a área vip pulando e cantando junto, enquanto os pobre à minha volta gritavam "chegaaaaaaa", "cadê john mayerrrrr", "nem sei quem é esse cara". Três idiotas resolveram sentar no chão e eu quase caí no processo e perdi uma música inteira entre me recompor e discutir com o idiota, pra ele sentar na casa do chapéu. Meninas caíam à minha volta como moscas e num vinha um bombeiro catar. Uma hipopótama do meu lado (a menina não era gorda, era imensa pra todos os lados, devia ter 2,20m de altura) começou a me empurrar, porque queria cerveja. EU DEI UM ATAQUE. Gritei CALABOCATODOMUNDO, porque era isso ou perder o show que eu fui ver. Foi horrível.

Felizmente taí a novela das sete pra salvar (as metáforas da minha vida e meu show), na hora de Home os retardado tudo sossegaram e cantaram junto. Na hora que eu levantei minha câmera pra gravar, o imbecil da sentadinha ameaçou reclamar e eu ameacei enfiar minha câmera goela abaixo dele, de modos que o comecinho da música tá cortado. Nego nem em pé tava, vai reclamar da câmera na cara? NÃO NO MEU TURNO.



Aí acabou essa parte do show e alguns ânimos se acalmaram, a louca da cerveja, que já tinha brigado e feito as pazes 37 vezes com seu namorado paquidérmico desistiram e foram embora, as fias capotadas foram encontrando lugar na multidão pra irem ao posto médico e a paz voltou a reinar. Até a contagem regressiva pro JM entrar no palco. Aí aconteceu um 1, 2, 3 e já que eu muito não tava esperando e nego avançou loucamente em direção à grade, transformando o troço num platéia.zip e eu só percebi que ia morrer quando senti que meus pulmões já não tinham mais espaço pra expandir.

Eu quase não conseguia enxergar o palco, porque na compactada uma girafa entrou na minha frente. Eu não conseguia respirar, não conseguia ouvir a música, não conseguia nada hahahaha. Mas fiquei lá acreditando num futuro melhor. Chegou a hora das músicas que todos estão lá pra cantar gritando, hit combo de daughters, free fallin', stop this train e tal. Depois que eu consegui ouvir essas canções, eu tava diboa já. 

Nesse momento, eu não conseguia mais respirar. NÃO.CONSEGUIA. Foi me dando um ataque de pânico, porque eu tava lá sozinha e não sabia se alguém ia pedir ajuda ou só pisar em mim (isso que dá ser mal educada) se eu caísse. Botei a blusa no rosto pra tentar respirar, mas alguma coisa estava me sufocando e eu achei que ia morrer, até alguém gritar "PQP, AGORA TEM QUE AGUENTAR ESSA MAROFA AQUI?" e pronto, corri pela minha vida.

Levantei minha bexiga amarela que sinalizava que eu tava colada na grade, pra que os fofos fossem abrindo caminho igual ao mar vermelho pra mim. Meia dúzia de mulheres enlouqueciam, me seguravam pelos ombros e gritavam "NÃÃÃÃO, CÊ TAVA NA GRADE, VOLTAAAAAAA" e eu só fazendo cara de quem não tinha ar pra respirar. Quanto mais pro fundo eu ia, pior ficava. Lá atrás o acesso estava mais fácil, então as pessoas estavam bêbadas além de chapadas. Milhões de pontas de cigarro ameaçando me queimar nas mãos de gente que se balançava sem ritmo. Pareceu um ano o que eu levei pra chegar no banheiro e lavar a cara. Chamei o resgate e fui embora antes de o show terminar, porque eu não tinha mais condições. Cheguei em casa e comi dois sanduíches ahahhahahaha. Ô raça inútil que é essa de maconheiros.

Nem botei o vídeo que eu gravei desse show no youtube, porque tá muito ruim. Vão lá ouvir qualquer clipe do John Mayer que cêis ganham mais.

Acordei no dia seguinte destruída (é mêmo, é?), mas ainda tinha um belíssimo encontro em busca da coxinha perfeita à noite, então não podia me deixar abater. O dia da coxinha estava planejado fazia uns dois meses, o plano estava todo pronto e na hora. Bom, na hora deu tudo errado hahahaha.

Eu iria de metrô, acabei indo de carro, acabei pegando o maior trânsito da galáxia (eu não andava em SP de carro na hora do rush há uns 10 anos), chegamos 28 horas depois do planejado, ninguém conseguiu salvar uma mesa, pegamos uma fila que tava pior que a do SUS e desistimos da coxinha.

Ninguém teve coragem de buscar coxinha nas rede social, pra não ir parar em lugar indesejado. RISOS.

Acabamos indo pra um lugar que a placa me jurava ser na Faria Lima, mas se não fosse a placa, eu não reconheceria. Não que eu tenha de fato reconhecido em algum momento.

Na companhia das melhores pessoas do mundo pra comer coxinha, falando mal de todo mundo, que é o que une os povos, reencontrando pessoas não vistas por mais de 20 gerações de power rangers, sexta à noite foi uma coisa muito linda. Tá certo que teve gentes sendo assaltadas na porta da própria casa no processo e/ou sofrendo spasmos e passando fome, mas todos passa bem.

seduzino as coxíneas

(UPDATE: Como fui bem lembrada nos comentários, aconteceu todo um drama: como é o jeito certo de comer coxinha? Pela frente ou pelos fundo? Tipo, o certo é arroz em cima do feijão, também acho que a coxinha a gente começa pela ponta. Mas concordo que talvez seja igual sushi: a melhor é a que cabe inteira na boca hahahahhaa.)

Sábado era dia de festaaaaaa, ritmo de festaaaaaaaaaa e eu achei que a internet ia quebrar com a minha maravilhosíssima lista de convidados, mas só vou dizer que Patrícia era VIPÃO e eu dividi uma coxinha com as pessoas mais legais da crosta terrestre. 


chora, fã clube kkkkkkkkkk

Entre pessoas sofrendo problemas de saúde (não foi a comida, juro) e pessoas presas no extremo sul da cidade, salvaram-se todos.

Tava eu no meio dos procedimentos das festividades meio #chatiada com uma ausência (nega tem 24357846 convidados, vai ficar reclamando daquele UM que não foi), quando chega um belíssimo convite pra passear no dia seguinte. De modos que eu fui dormir 4 horas da madrugs, setemeia tava acordada de novo, pra cruzar o mundo para o meu primeiro passeio adulto na ZL.

E, se vocês me permitem (e se não permitirem também, ó minha cara de quem aceita ordem), os melhores detalhes do domingo eu vou guardar pra mim. Quem sabe um dia num post não contextualizado, né? Se você não é um dos azarados que me ouviu falando sem parar e por uma semana desse bendito domingo, vamos deixar você assim.

Apenas vos digo: fui ao SESC Belenzinho ver uma belíssima exposição (umas 5 horas andando sem ver o tempo passar e sem sentir fome). Se você gosta de fotografia e está em São Paulo, vá. Até 1º de dezembro. Se você não gosta de fotografia, nem vai, muito chato ficar atrapalhando ozotro e ficar tirando foto de foto enquanto a gente só quer ver o desenhinho na pele da pessoa fotografada.

Tem gente, por exemplo, que deita no chão de vrido por sobre a piscina e acha muito mais divertido tirar fotos ali. Arrependimento eterno: não ter fotografado o vovozinho que dormia bem feliz no sofá do SESC mais lindo que eu já vi na vida, quero ser sócia COMOFAS. Se precisar morar na ZL, vou me mudar pra casa da Lilha.














O fim desse dia muito maravilhoso me deixou meio #chatiada. Não consegui almoçar o falafel com que eu sonhei, ainda que por pouco tempo, não consegui ir ao cemitério (nem perguntem), não consegui passear na Paulista, a avenida, como tive vontade. Entrei meio derrotada no metrô (anos de prática em ir embora derrotada), arrumei minha mala e no dia seguinte dei adeus.

Deixar São Paulo é sempre um ritual muito triste. Deixar a casa em que eu cresci, o lugar onde eu olho pras pessoas e quase todo mundo eu conheço há mais tempo que conheço meus irmãos. Até gente que eu não esperava ver mais nessa vida é gente que eu conheço há uns duzentos anos. Quase pedi transferência e não voltei nem pra dar tchau, exatamente como fiz o caminho inverso, trocentos anos atrás.

Como sempre, 24 horas depois de chegar em casa, caí em tristeza profunda, no conforto da minha cama, do meu edredom e do meu cachorro. Felizmente (ou não), agora a vida está voltando ao normal e eu já posso me desenvolver com graça pela super boring realidade, até chegar novembro e eu poder voltar pra lá outra vez.

COMPRE JÁ SEU GOLDEN TICKET.

:*