terça-feira, 18 de agosto de 2015

cheiro de pêra

Por falar em sonho... de vez em quando, meu cérebro me maltrata com sonhos bonitinhos com o boy perfeito (um que existe) (se bem que de vez em quando aparece um boy perfeito imaginário e eu passo dias procurando esse unicórnio), em quem eu evito até pensar, que é pra não dar ideia errada pra minha mente.

Ontem de manhã, ainda acordada e operante, eu parei sob o sol da 8 da manhã, enquanto o ar ainda estava gelado e o vento frio. Sem agasalho, sem óculos escuros, virei pro sol, que já estava forte, e falei pra minha mãe que ia sintetizar uns 2 minutos de vitamina D, já que o ar e o vento me protegiam de sentir o calor da bola amarela estúpida. Fiquei de olhos fechados no gramado enorme do campus, enquanto ela terminava de pegar as coisas no carro.

No sonho, eu voltei pra esse momento e, quando eu abri o olho, tava o boy fazendo sombra na minha frente, usando um chapéu ridículo. Eu ri. Como meus sonhos são da quinta série tumblr hipster virgem, ele me abraçou e me deu um beijinho muito suave, mas quando ele se mexia, o sol voltava a queimar meu rosto e eu tinha que fechar os olhos de novo, enquanto ele segurava meus braços. Fechei os olhos de novo (por motivos de ÓDIO DE SOL NO OLHO) e meu cérebro tentou me lembrar que no mundo acordado o boy não apenas não me ama, como não está nem por perto e ainda divide a vida com uma guél que não sou eu e não poderia ser menos eu.

Tento argumentar com ele sobre isso, ao que ele responde "não pensa nisso agora".

Me beija de novo e o sonho troca, como todo sonho estúpido que parece uma fumacinha que dissipa fácil.

Acordo horas depois, bruscamente, sem ar por motivos de alergia extrema, completamente esquecida dessa bobagem.

No meio da manhã, com dores intensas no rosto e fazendo muita força pra respirar, fecho os olhos por um instante, numa mini oração por alívio. O vento bate na janela e o sol acerta meus olhos exatamente como no sonho, o que traz imediatamente de volta a sensação do abraço e da proximidade.

Tomo consciência do sonho e penso "meu deus, que difícil aceitar a realidade, né? nem dormindo, desapega, minha filha".

Abro os olhos. 

Sobe uma notificação no facebook, que estava aberto no cantinho da tela.

ADIVINHA DE QUEM.

Não é fácil ser zoada pelo universo. 
Não é fácil acreditar em sinais. 
Não é fácil ser a Laura do Carrossel. 
Não é fácil fazer a Elza and let it go.


Words of wisdom: